Achei na web e repasso pra nós! Fonte:
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Análise de fósseis encontrados na República Tcheca corrobora tese de
que a domesticação dos cães começou ainda no período Paleolítico.
Brasília – Muito antes de os
novíssimos cães de bolso ganharem fama, o melhor amigo do homem já fazia
parte do cotidiano da sociedade. Em um estudo divulgado este mês, cientistas
de três países analisaram fósseis caninos encontrados onde hoje é a
República Tcheca e concluíram que os cachorros convivem com os humanos
desde o período Paleolítico, há cerca de 30 mil anos. A pesquisa confirma resultados de dois artigos anteriores e derruba a tese de que esses animais só teriam sido domesticados depois da última era glacial, 14 mil anos atrás.
Mais que isso: os pesquisadores acreditam que, além de antiga, a
relação com o companheiro de quatro patas foi essencial para a evolução
do Homo sapiens. (…)
(…) Para a professora Susan Crockford, da
Universidade de Victoria, no Canadá, essa amizade começou por interesse,
mas se fortaleceu devido ao misticismo dos povos pré-históricos. (…)
Com o passar do tempo, a importância religiosa do melhor amigo do homem
ficou ainda maior. (…) Todas essas análises e observações, porém, não
explicam por que os humanos deixaram que os primeiros lobos se
aproximassem. Afinal, as duas espécies eram concorrentes na busca por
alimentos — uma tarefa que não devia ser nada fácil no ambiente
pré-histórico.
A cientista Pat Shipman, da Universidade de
Penn State, na Pensilvânia, credita o começo dessa relação ao
conhecimento que os homens acumularam ao observar os animais e à
confiança que eles adquiriram com esse aprendizado. “Acho que alguém
provavelmente trouxe um filhote de lobo para casa, e isso deve ter
acontecido várias vezes”, especula Pat, uma das maiores especialistas em
ecologia de ambientes antigos. “Ninguém pensou em criar os bichos, mas,
com o passar do tempo, surgiu um sistema no qual ‘bons’ filhotes, ou
menos agressivos, passaram a ser alimentados e protegidos, enquanto os
outros foram mortos e, talvez, comidos”, detalha.
Pat Shipman vai ainda mais longe. Para ela,
esses animais acabaram contribuindo para que os humanos desenvolvessem a
linguagem. Em um artigo publicado em maio na revista New Scientist, Pat
aponta que uma das primeiras formas de comunicação, a pintura rupestre,
se concentrava em registrar momentos dos homens com seus animais
domesticados — aí entram outros que surgiram depois, como ovelhas e
bichos de carga, por exemplo. “A antiga associação entre o Homo sapiens e
os cachorros foi um bom negócio para ambas as espécies. Mesmo que os
animais não vivessem dentro de casa, mantê-los em assentamentos foi uma
grande vantagem”, diz a especialista.
Os cientistas analisaram três crânios dos cães de Predmosti. “Eles
têm a cabeça significativamente mais curta do que a dos fósseis de lobos
e o focinho também é menor. Além disso, a caixa craniana e o palato são
maiores em relação aos dos parentes selvagens”, descreve Mietje. O que
mais comoveu os pesquisadores, no entanto, não foi a confirmação de que
as ossadas eram de cachorros pré-históricos, e sim a provável relação
entre os animais e os humanos daquela época. Um dos bichos foi enterrado
com um grande osso na boca, o que indica a prática de rituais com os
amigos de quatro patas. “Os elementos religiosos (que encontramos)
apontam uma profunda conexão entre homens e cachorros”, comenta Mikhail
Sablin, pesquisador russo que também participou do estudo.
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