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Pequinês Social Club
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Nós do Pequinês Social Club- Gigi
Gigi apesar de não ter nos dado o prazer de sua presença em
nossos encontros, é um membro virtual muito atuante do Pequinês Social Club.
Então é com muito prazer que eu apresento, através de sua
história, nossa amiga Gigi
Lendo os outros depoimentos, cheguei a conclusão que nossas histórias
são muito parecidas. Lá pelos anos de 76, meu pai chegou em casa, com uma
cachorrinha dourada com cara preta. Era a nossa pequinesa, a Bolinha. Claro que
naquele tempo, cachorro não entrava dentro de casa, comia a mesma comida que a
gente, vacina só contra a raiva, e nos mutirões que tinha no bairro , banho era
no tanque e com água fria...
Quando lembro de tudo isso, chega a me dar remorso, mas era
assim que as coisas aconteciam.
Passou o tempo, a Bolinha teve o
Bidu, o Dick, que já eram mestiços, porque também não existia a preocupação em
cruzar com a mesma raça. E meus primeiros peludos viraram estrelinha. Mais
cachorros passaram em minha vida: a Tiffany ( uma peludinha linda que meus pais
acharam na rua), o Bruno ( filho da Bolinha com o Dick – incesto canino), o
Fofão, filho da Tiffany e do Fofão ( parecia um sheep dog em miniatura), a
Dominique ( uma beagle que foi minha alegria por muitos anos). Além disso,
tenho meus rottweiller lindos, o Max e a Luna, mas esses não tem como criar
dentro de casa.
Em 2008, fiquei doente, tive
câncer de mama, e os dois anos seguintes foram exclusivos para cirurgia,
tratamento, e lutar pela vida. Decidi que se eu sarasse, teria um cachorro
novamente, e queria um pequinês, uma tentativa de relembrar minha infância.
Comecei a pesquisar nas redes
sociais, sobre cachorros pequineses. Até que um dia achei um blog – Pequinês
Curitibano, onde conheci o Mauricio e o Dodi. Foi amor a primeira vista. Era um
cachorro igual aquele que eu queria. Acompanhei o crescimento do Dodi, a
chegada do Ramon, sempre ligava o PC, e ia primeiro no blog.
Um belo dia, vi uma postagem, com
uma foto de três filhotinhos. Estava ali a minha cachorrinha. Confesso, que achei
a carinha do Thor mais bonitinha a primeira vista, mas eu queria uma menina. Já
tinha entrado em contato com outros criadores, mas como moro no interior do
Paraná e aqui não tem aeroporto, ficava difícil de mandar o filhote para cá.
Entrei em contato com a Evelise, e coincidência, ela era aqui de Guarapuava, e
como iria casar, viria para cá, buscar o vestido. Conversarmos e combinamos que
dia 20 de maio ela traria a minha Lara.Nesse meio tempo, fiz o enxoval da minha
linda: potinhos para água e comida, colchão de oncinha, caminha, ração,
brinquedo, só faltava ela.
Dia 20, fui busca-la na
rodoviária. Quando vi a Lara, quase chorei. Era ela mesma que eu queria, era ela que estava
esperando por tanto tempo. Em casa, também, meus pais se apaixonaram por ela. E ela,
parecia que morava em casa desde sempre, porque não estranhou nada. Dormiu a
noite toda, sem chorar ! No dia seguinte, foi fazer amizade com o Ivo e as Pretas
( meus gatos adotados).Desde aquele dia, mudou muita coisa aqui em casa, parece
que tudo ficou mais alegre. Eu que andava meio depre, por causa da doença,
agora tenho mais um motivo para viver. E a Lara sabe disso, ela não larga de
mim . Quando estou em casa, ela me segue em toda parte. Quando não estou, ela
gruda na minha mãe, é companhia dela.
Através da Lara, conheci a Áurea,
mãe do Saymon, irmãozinho da Lara, e conversamos quase todo dia pela net,
contando as novidades dos nossos bebês.
Claro que tem os momentos que dá
vontade de puxar as orelhas dela, a Lara, também tem amania de comer cocô e
trazer um pouquinho para a cama, de sobremesa! Agora mesmo, eu estava
escrevendo no quarto, ela saiu e voltou com um cheiro esquisito: adivinhe só !!
Lá vaia Gigi, limpar o cocô, escovar os dente da Lara e dar bronca nela. E ela
sabe que está errada, porque quando eu falo dando bronca, ela baixa a cabeça e
se esconde embaixo da cama, até as coisas acalmarem.
Bom, como vocês viram, a Lara é a
princesa de casa! Com ela aprendi a ter paciência, a
limpar xixi e cocô , sem fazer
careta, conheci um mundão de gente especial, principalmente o Mauricio e a
Áurea, que se Deus quiser, ainda quero conhecer pessoalmente. Aprendi o que é
amor incondicional, sou apaixonada pela minha pequena e sei que ela me ama da
mesma forma.
sábado, 1 de outubro de 2011
Inferno Astral
Hoje é meu aniversário. Acabou o inferno astral.
Acordei por volta das 8 horas e ainda na cama planejei um dia
tranquilo atendendo telefonemas dos amigos mais próximos e familiares.
Como de costume aproveitei o dia de sol e fui passear com os
pekes para ver os amigos da Rui Barbosa.
Em um momento senti uma movimentação estranha do outro lado
da praça. Eram policiais falando com os moradores de rua. Achei muito estranho.
Até pensei em fotografar, mas refleti que em meu aniversário deveria focar em
coisas boas.
O meu objetivo hoje era tirar fotos dos meus amigos
cachorreiros da Rui Barbosa para colocar no Blog. Assim que a turma começou a
chegar vejo um grande movimento em outro canto da Praça. Eram policiais para
todos os lados, sirenes de ambulâncias e uma grande aglomeração de pessoas.
Resolvemos chegar mais perto para ver o que acontecia.
Um morador de rua havia sido esfaqueado, com uma faca de
açougue, por um membro do seu grupo. A vítima era meu conhecido morador da praça.
Chamava-me a atenção por ele ser dono de alguns cachorros.
Neste momento vi uma das cenas mais chocantes da minha vida.
Enquanto um do seu grupo o esfaqueou, os outros continuavam
a beber... E ele deitado, sangrando rodeado por seus cachorros. Eles sim ficaram
ao seu lado, tentado fazer algo. Queriam lamber, estancar o sangue de seu dono.
Para ajudá-lo de alguma forma.
Talvez se eu fotografasse esta situação poderia até ganhar
um premio de fotografia. A imagem falaria por si.
Era um misto de dor, realidade social, amor incondicional,
desespero, ódio, medo, pena.
Não a fiz por respeito!
Então no meu aniversário desejo a mim e a vocês que nossos
amigos sejam como cães.
Pois hoje eu soube que os cães são os melhores amigos do
Homem.
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