As férias chegaram e as aventuras dos pekes começaram.
Primeiro desafio: A MALA.
O coisa difícil de arrumar. Eu sou muito desligado, já começo arrumar a minha com cerca de duas semanas de antecedência quando as viagens são maiores. Pois sempre esqueço algo essencial.
Nesta viagem curta para Iratí, resolvi fazê-la minutos antes de eu sair. Resultado. Esqueci um monte de coisa. Inclusive um dos presentes do meu irmão.
Mas estou escrevendo para falar dos meus pekes, ou melhor, a mala dos meus pekes.
Levei apenas o essencial:
Camas;
Ração;
Potes de água e ração;
Escova;
Talco; e
Creme para desembaraçar os pelos.
Já ia esquecendo, tem o patê, tem também os ossinhos que ganhei da Viviane no amigo secreto e tem também....Chega! Não tem mais nada.
O que a minha madrasta iria acharia de eu chegando com tanta coisa para os cachorros.
- Lá vem o doido de Curitiba com seus pequineses.
Até que é verdade, mas é bom disfarçar um pouco. Resolvi levar apenas estes itens.
A VIAGEM:
Ramon e Dodi estão bem acostumados com andar de carro. Abro a porta e eles já voam para dentro. Estava com medo de a viagem ser um pouco longa e eles passaram mal.
Ledo engano. Foram super traquilos a viagem toda. Ramon apenas se manifestava quando chegavam ao pedágio, latia para o cobrador. Talvez achando caro!
Demos algumas paradas para descançar.
IRATI
Chegando em Irati fui direto para a casa da minha madrasta para deixar os dois.
Infelizmente não pude ficar com eles na casa da minha mãe por causa da Akira.
A Akira é uma akita linda. Mas violenta.
Quem olha o seu rostinho doce não tem noção do que ela é capaz de fazer com uma pessoa estranha.
Minha familia mora em uma região central de Irati em um condominio com um terreno muito grande onde ficam as casa sem muros.
Akira foi criada solta. Ela se dá muito bem com todos da familia. Mas estranhos é um perigo.
Certa vez minha Tia Avó estava arrumando o salão de festa de sua casa para o natal, quando um bêbado, observando que ela estava sozinha, entrou, sem avisar, na casa.
Akira, que estava na casa de minha mãe, sentiu que algo havia acontecido e saiu em disparada. O bêbado quando viu ficou aquela enorme ‘cã’ em sua direção ficou sobreo na hora. Tentou pular o muro mas ela foi mais rápida e o agrarrou pela perna.
Sinceramente, se minha tia não tivesse mandado ela parar, teria matado o intruso.
O miliante foi levado ao hopistal e graças a Deus ficou bem.
Ela também é acontumada com a lida da chácara. Ajuda com as ovelhas. E frequenta muito os rodeios com os meus primos.
Outra coisa da Akira é que ela não cruza. Deixamos, como de praxe no interiror, que ela tivesse o primeiro cio para depois darmos a vacina ou a castrassemos. Os muros são altos, nenhum cachorro entrava, e os que conseguiam entrar para ver a linda dozela eram recebidos com um surra que não voltavam mais. Chegou ao cúmulo de ela quase matar um cachorro que insistia em desposá-la.
Enfim este e o resumo da Akira, amiga com os da familia, só com os da familia.
Sabedo disto seria impossivel deixar os meus dois mimados Pequineses Curitibanos no mesmo espaço que a Akira. Pois os dois cachorros de pet tiveram como maior aventura enfrentar um alagamento de água limpa em casa.
Portanto, nada melhor que a casa da madrasta.
A CHEGADA À CASA DE CAMPO.
Estranho foi a diferença de reação dos dois na chegada.
Dodi correu alegre e foi recenhecendo o território. Já o Ramon, assim que o coloquei no chão, foi de ré para o carro. Estava nítido que ele não queria ficar. Seu rabo abaixado indicava seu descontentamento.
Após o primeiro momento expliquei com calma como eram os cuidados com eles. Percebi na expressão da madrasta :
- Será que eu darei conta destes cachorros cheio das nove horas.
Deixei claro que o cuidado com eles é muito simples. A única coisa diferente dos outros seria apenas a ração e também a escovação diária, os cuidados com o calor, com o sol do meio dia, não falar alto perto deles, nem deixar que crianças se aproximem.
Só isso, praticamente um cachorro de rua.
Muito simples!