Uma espécie de certidão de
nascimento com reconhecimento internacional capaz de atestar a pureza da raça
de um cão ou de um gato. Essa é a função do controverso pedigree. “Para que um
filhote tenha pedigree é preciso que os pais tenham o documento também, pois
ele mostra a origem do cão. Quando um criador não apresenta o registro,
possivelmente, já acasalou os exemplares com outras raças e não tem como provar
a origem da ninhada”, explica o diretor do Kennel Clube da Grande Curitiba
(KCGC) e presidente do conselho fiscal da Confederação Brasileira de Cinofilia
(CBKC), João Ihor Huczok.
No documento estão registradas as informações sobre os pais e também sobre os avós dos bichinhos, além de uma breve descrição de suas características. O pedigree, segundo Huczok, garante que o animal terá as características específicas de sua raça quando crescer.
No documento estão registradas as informações sobre os pais e também sobre os avós dos bichinhos, além de uma breve descrição de suas características. O pedigree, segundo Huczok, garante que o animal terá as características específicas de sua raça quando crescer.
Em Curitiba, o procedimento para obtenção do
documento para os cachorros é feito pelo KCGC, filiado à CBKC, responsável pela
definição de regras sobre a criação e registro de cães de raça. O kennel de
Curitiba funciona como um “cartório”: faz mais de sete mil registros de
pedigrees por ano – o terceiro maior número de emissões do Brasil.
O procedimento para a obtenção
do documento demora cerca de 40 dias para ser concluído, pois o protocolo
aberto em Curitiba segue para a sede da CBKC, no Rio de Janeiro, para que o
animal seja registrado. “É o criador que dá o primeiro passo para a obtenção do
pedigree e fornece o documento ao novo dono no momento da venda do animal”, diz
Huczok. Para ter direito a fazer o registro é preciso ter um canil registrado
ao kennel clube local.
No caso dos felinos, o
registro é feito pelo Clube do Gato do Paraná, na capital. Para que uma ninhada
tenha direito ao pedigree é preciso também que o dono seja associado ao clube
ou tenha um gatil filiado a ele, além de comprovar que os pais dos filhotes
também possuem o documento.
“A procura pelo registro é
maior por parte de criadores. Profissionais sérios costumam registrar toda a
ninhada, pois o pedigree mostra que o animal tem uma procedência verdadeira”,
diz a presidente do clube, Vera Gabardo. O documento oficial é registrado pela
Federação Internacional Felina, em São Paulo.
Custo
Os futuros donos de um filhote com pedigree
precisam estar atentos ao preço cobrado por animal: o documento não justifica a
venda com valores abusivos, pois todo o procedimento para aquisição do registro
não custa mais do que R$ 50 por cachorro e R$ 20 por gato.
“O vendedor que tenta passar a ideia de que o
processo é oneroso age com má-fé. Ter o documento é um direito do comprador”,
revela o cinófilo (pessoa que se dedica ao estudo e à reprodução das raças
caninas) e consultor cinotécnico, responsável pelo canil e hotel Graciosa Dog
Resort, localizado em Colombo, Luiz Augusto Santos Rodrigues.
Fonte: Gazeta do Povo Publicado em 03/12/2011 | Dâmaris Thomazini
Nenhum comentário:
Postar um comentário