Parte 1- A chuva matinal.
O primeiro banho do Ramon no pet foi mais que tumultuado. Um
daqueles dias tortos.
O início começou com o passeio diário da cachorrada.
Aproveitei que apesar de nublado não estava chovendo. Mais choveu! Nada como a
chuva na cara para interagir com a natureza.
Parte 2- O IPTU
Depois disto fui pagar os esquecidos carnes do IPTU.
Enfrentei a fila da lotérica, mas na hora de pagar eles não aceitavam carnes
atrasados. Falaram para eu ir à Caixa Econômica Federal.
Na caixa enfrentei fila. Mas para minha alegria encontrei o
simpático porteiro do meu prédio, o querido Senhor Jurandir, considerei que com
companhia passaria mais rápido o martírio da espera na fila.
Infelizmente o papo
foi tenso, pois seu Jura tinha sido assaltado na noite anterior. Levaram sua
carteira com todos os seus cartões e por muito azar ele deixava as senhas
anotadas. Comoveu-me quando ele falou: "Anoto porque esqueço. Isto é coisa de velho, meu filho."
Apesar de o papo ter sido triste, cheguei ao caixa. Já na
fila escolhi o caixa que eu não queria ir, como de praxe, mas como a maioria
das vezes, é esta pessoa que me chama. Portanto, foi justamente aquela feiosa,
sem expressão nenhuma na cara, que falou com uma voz fina e extremamente
irritante: “O Senhor tem que pegar uma segunda via na Prefeitura.”
Hoje não é meu dia mesmo.
Vou poupá-lo dos detalhes seguintes, resumirei. Enfrentei a fila da prefeitura, a fila da
lotérica e ufa...Paguei o IPTU!
Continua chovendo.
Levar a cachorrada para tomar banho.
Aproveitei a carona do Antônio que estava indo para o lado
do pet. Para facilitar o embarque iria
pedir para o porteiro que abrisse a porta da garagem, até que encontrei a
SINDICA brigando com a mulher do ap.901 sobre seu Lhasa latidor.
Virei invisível, sai transparente pela garagem sem alarde.
Estava chovendo...
Eu estava sem guarda chuvas.
O Antônio que chegaria em 7 minutos levou 20 minutos longos.
Foram os 20 minutos mais molhados que passei.
Mas confesso que era uma cena estranha ver um homem molhado
com dois pequineses, molhados, olhando para a rua.
Eu também não poderia voltar, pois a sindica estava latindo
na portaria.
Se ficar a chuva molha, se voltar a sindica pega!
E o melhor de tudo é que eu tinha que fazer cara de calmo,
sem reclamar, pois estava de carona.
Parte 4- Faltou luz
no Pet
Depois de enfrentar o trânsito de Curitiba, às 13h, com “muita
chuva” chego ao pet.
Adivinha? Faltou luz. Isto mesmo faltou luz.
Nada de banho e tosa higiênica.
Eu com dois cachorros molhados no colo de carona e sem luz.
Mas Deus deve ter percebido que eu precisava dele. Que eu já
deveria ter pago algum carma de outra encarnação.
Voltou a luz!!!
Teria banho e tosa.
Parte 5- O aluguel
Fui pagar o meu aluguel. O Proprietário é um senhor Japonês
muito legal, mas um pouco esquecido. Já na portaria fiquei sabendo que ele não
estava em casa. Era
só o que me faltava.
A empregada falou que ele chegaria de viagem em uma hora.
Uma Hora?! Para mim parecia uma eternidade.
Chegou depois de 47 minutos. Fui um pouco seco e pedir que
ele fizesse o meu recibo rápido e com meu nome certo, mas este é outro assunto.
Paguei. Acabou.
Parte 6- A bateria do Carro
Acabou a bateria do carro. È verdade. Acabou a bateria do
carro.
Tivemos que esperar 40 minutos para que viesse a equipe do
seguro para fazer a bendita chupeta.
Chove...
Isto não é um roteiro de filme B é vida real.
Mas tudo acaba uma hora.
Consegui chegar no pet. O Ramon estava paralisado na gaiola. Estas horas não devem ter sido faceis para ele.
O resumo do nosso dia foi a cara do Ramon na volta pra casa.
Ele foi sintético na expressão.