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Pequinês Social Club

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Deus resolve


Eu não resisti. Pedi para Deus iluminar o que eu quero transmitir nesta postagem.
Graças a Dalva este pequinês esta salvo. Foi encaminhado para um casal que poderá cuidar adequadamente.
Que o universo aplique a lei do retorno. Tudo o que você faz, de uma forma ou de outra volta para onde saiu. O Bem e o Mal.











 Tomara que tudo de certo e ele seja frequentado do Pequinês Social Club

Olha a postagem que a Dalva fez para ajudar
Observe que existe mais um cachorro ao fundo.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Uma semana após a castração


Como comentei na  semana passada em uma postagem, castrei o Dodi. No primeiro dia era de dar dó, ficou bem abatido, mas aos poucos tem se recuperado.

Teve apenas  uma pequena inflamação que foi resolvida com um antibiótico.

Por incrível que pareça a castração já tem mostrado resultado. Esta mais calmo e tem feito menos xixi. Diminuindo a marcação de território.

Também estou achando ele mais relaxado. Normalmente ele acordava comigo bem cedo e me acompanhava no café. Agora ele tem ficado na cama dormindo.

    
Sinto-o menos ansioso, mais carinhoso e até arrisco dizer mais obediente.

            Talvez seja cedo para dizer, mas esta tudo conforme o esperado. Que bom!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Nós do Pequinês Social Club - Fumiko / Yoshio e MINIE II

... um pouquinho da minha história com os pequeninos animais, os cães:


Olá pessoal,
Todas as nossas amigas que postaram os seus comentários maravilhosos, ilustraram com fotos lindíssimas, mas como no momento não tenho outras fotos a não ser essas, peço que me desculpem. As fotos são do Circuito Paranaense de Corrida em Montanha, algumas tiradas em Colombo e outras em Campo Magro.


Desde criança tenho predileção por cães do que por outros animais ... não que não goste... gosto sim, da maioria do reino animal, gatos, pássaros, etc etc, mas paixão mesmo é por cachorros.

No momento temos em casa uma rotweiller que se chama Leka, que em março do ano que vem vai completar dez anos... parece que foi ontem que veio em casa ainda filhotinha. Nós a amamos também, é dócil, amorosa, mas como é de grande porte e comumente as pessoas tem receio dos cães dessa raça ela fica em casa de guardiã...com todo conforto, ração, água, vacinas e mais... o nosso carinho!

Já tivemos muitos cães que machucaram os nossos corações quando partiram, e quem ama sabe da dor que estou falando.

Os comentários acima foi um pequeno preâmbulo pra começar falar da MINIE II, a atual mascotinha da casa.

Estávamos muito tristes com a partida da outra Minie I, que conviveu conosco por quinze anos. Em 23 de fevereiro de 2009, numa segunda feira de Carnaval, demos um banho nela e descemos a Serra da Graciosa rumo à Morretes. Ela adorava andar de carro e curtia muito a natureza, ficava com a carinha ao vento, toda feliz. Mas andar de carro, na cidade, na selva de pedra não gostava muito não, preferia ficar dormindo no banco.

Nesse dia estava um calor insuportável e o trânsito engarrafado e aquele mormaço do litoral, sem muito vento, começou a passar muito mal, nem bem almoçamos, subimos correndo pela BR 277, levamos ao nosso veterinário, por sorte o encontramos, havia recém chegado da praia, nos atendeu e ficou mais de 3 horas no oxigênio e nós junto com ela. Quando parecia meio estabilizada, o veterinário liberou, trouxemos pra casa, mas logo passou mal de novo, retornamos novamente, mas não resistiu, morreu nos meus braços. Ela tinha uns traços de pequinês, peluda, preta e branca, enfim uma mistura, era SRD, mas não importa, ela foi e será inesquecível pra nós.

Passado o período de luto, começamos lentamente a pensar em uma outra criatura que viesse morar conosco.


Andamos por aí pesquisando com os criadores, olhando uns, olhando outros, até que um dia junto a uma exposição de malhas, sim de malhas, num Expo Center, haviam anunciado que uns criadores iriam expor seus animais e resolvemos dar um pulinho até lá.

Quem sabe encontraria uma que ao bater os olhos, tocasse o nosso coração. Adentrando o pavilhão, cheio de stands de blusas, casaquinhos de malhas, quase no final do corredor havia uns expositores e dentre eles um que estava com dois filhotinhos de pequineses um macho e uma fêmea, lindinhos...a carinha meio parecida com a Minie I que perdemos, e nós na verdade queríamos uma que lembrasse ela. Mostrei ao meu marido, perguntei o que ele achava, ele olhou, não me disse nada, mas pelo semblante vi que também tinha gostado:
eu disse que bonitinha, né ...que tal, vamos adotar essa ?... você que sabe... disse ele, aliás tinha que ter aprovação dele também, porque afinal ela iamorar conosco. Quando o atendente me falou: está treinada para fazer xixi no jornalzinho, foi outro fator que me fez decidir adota-la. Primeiro porque teria que viver dentro de casa, porque lá fora o território é da Leka e não poderia coloca-la fora, junto com ela.

Resumindo, trouxemos a pequena criatura para casa com dois meses e meio, em 01/05/2009, com os pelos ralinhos, o pescoço comprido, parecia uma linguicinha.



Veio no meu colo no carro e ela olhando pela janela o novo mundo que se descortinava, pois até então o mundinho era só aquele cercadinho em que se encontrava.

Logo que entramos em casa, soltamos, saiu correndo pelos corredores contente, e mais interessante, pensamos que teríamos que agüentar a choradeira de filhote por algumas noites... mas que nada, não chorou uma noite sequer, meu marido ficou admirado, e eu também.

E o nome... qual nome colocar... Resumindo, colocamos Minie novamente, porque ela tinha marcado muito a nossa vida. Ficou sendo a MINIE II.

Como queríamos, uma que mais tivesse semelhança com a Minie I, escolhemos a atual MINIE II, ela não tem o focinho tão achado como deve ser o pequinês original, era é meio focinhuda, mas não faz mal, nós a amamos do mesmo jeito. Às vezes a gente pensa: quer uma igual ou parecida com aquela que se foi, mas com o tempo percebemos que assim como os humanos, cada um tem sua personalidade, o seu jeito de ser, com suas manias boas ou ruins, cada um é um ser independente, impar, único no mundo.

A MINIE II, em dezembro de 2009, levamos até Itu em São Paulo, onde mora a família do meu marido, passar a festa de fim de Ano. Ainda não tinha um ano, pois nasceu em 15/02/2009. Paguei alguns micos, como ainda era filhotinha não sabia direito onde fazer xixi, cocô, sei que numa certa hora a sobrinha falou,
tia ela fez cocô, fui ver tinha feito no tapete da cozinha. Fiquei chateada mas a cunhada que é muito compreensiva, falou, não faz mal. Aqui mesmo em nossa casa, quando tinha visita fazia cocô em baixo da mesa da copa, que me deixava sem graça, mas essa fase passou. Em casa atualmente usa aquelas telas, ela faz as necessidades ali, é muito bom.

Agora, no final de ano de 2010 os familiares de Itu, resolveram passar o Réveillon em São Paulo, Capital, num apartamento da irmã da minha cunhada. Seria impossível levar a MINIE II, num apartamento, ainda onde não temos muita intimidade, não seria de bom senso.

Armamos um esquema, ficou combinado que um casal de sobrinhos com duas crianças, pré adolescentes pousariam em minha casa e cuidariam da MINIE II durante a nossa ausência..

No dia 02 de janeiro, quando já estávamos retornando à Curitiba, o celular tocou, era o meu sobrinho desesperado perguntando se iríamos demorar muito. Estávamos na estrada de volta e falei que dentro de uma meia hora estaria em casa, perguntei porque, ele disse: Tia, a MINIE II está passando mal, se não vier
logo não sei o que vai acontecer, pode até morrer.

Resumindo, chegando em casa, eles contaram que a MINIE II ficou quase o tempo todo prostrada, esperando pela gente, fez xixi, cocô, em vários lugares da casa, vomitou, evacuou fezes de sangue, isto eu vi, o sobrinho deixou um local sem limpar, só pra mim ver.

Fiquei muito preocupada, pensei em leva-la ao veterinário mas só foi nós chegarmos começou a melhorar. Meus sobrinhos falaram que da próxima vez, teremos que levá-la conosco. Pois é, temos que pensar seriamente no assunto, nas próximas viagens.
Como algumas pessoas já sabem, a MINIE II adora água, seja barrenta ou não.

Um amigo nosso que é aficcionado em corridas e caminhadas, manda sempre e-mails convidando para participar destes eventos. Quando temos possibilidade participamos de alguns. Num desses eventos, Circuito Paranaense de Corrida em Montanha, no ano passado participamos em 16/maio/10, a caminhada no Morro do Cristo em Colombo, em trilhas de rally, no meio da mata, cheia de água e barro, pois havia chovido a semana inteira, e imagine quem subiu conosco: a MINIE II. Fez o trajeto de ida e volta de 8 km, entre subidas e descidas, voltamos todos nós participantes, sujos de barro e a nossa mascotinha não dava pra saber se era uma pequinês ou uma porquinha do mato.

Em 11/julho/10 participamos do Circuito, da subida do Morro da Palhaem Campo Magro. Também no meio da mata, com lugares íngremes, trecho de 10 km, nessa também a MINIE II foi conosco. Subiu e desceu toda faceira, toda suja é claro, os pelos parecia um cabelo rastafári, todo enrolado de barro e queria
mais agito. Engraçado que nesse dia, antes de subirmos o morro, quando todos os participantes se reuniram num campo abaixo da montanha, eis que avistamos no meio de outras equipes, o nosso veterinário , o que cuida das “nossas” a muito tempo. Nem sabia que ele participava dessas modalidade de lazer, nos
encontramos por acaso nesse local. Já que estava lá, perguntei se a MINIE II não teria problema em fazer esse percurso, ele disse, se ela tiver fôlego, não há impecilho nenhum. E graças a Deus foi tudo bem.
No dia a dia, ela sabe quando saímos à trabalho e quando estamos em dia de folga. À tarde, quando saio pra trabalhar, me mede dos pés a cabeça, olha o traje que estou, aí nem sai da cama, continua dormindo. Mas quando chega o fim de semana ou feriado, parece que adivinha, vive na cola da gente.

Ela é beijoqueira, mas isso quando ela quer, não quando a gente quer. Quando ela quer, agarra a gente e beija, beija, até dizer chega, e mais, quer beijar na boca.

Resumindo, acho que Deus já tinha reservado a MINIE II para nós, porque a outra partiu em 23/fevereiro/09 e ela já havido nascido uma semana antes em 15/fevereiro/09.

Essas criaturas maravilhosas, nos alegram, aquecem a nossa alma, nos tornam melhores, e todos hão de convir comigo, ELAS SÃO TUDO DE BOM !

Fumiko / Yoshio e MINIE II





quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Nós do Pequinês Social Club - Áurea


       Eu nunca imaginava que um dia iria ser dona de cachorro, melhor Mãe de cachorro.


 Mas no dia 06 de fevereiro de 2011 estavamos passando um final de semana na praia de Gravatá em Navegantes, quando fomos até uma agropecuaria comprar ração para o peixe da madrasta do meu marido, quando entrei na agropecuaria vi um homem que tinha acabado de trazer um filhote para vender, peguei aquela pequena no colo (todos vão me entender porque eu também senti amor a primeira vista, é um sentimento unico, inexplicavel) e não larguei mais, foi engraçado porque as outras pessoas vinham ver e perguntar se estava a venda e eu não dava ela para ninguém.(já era minha) foi quando o homem me disse que era uma femea da raça Pequinês, mas eu nem sabia o que era um Pequinês, não sabia se ia ficar grande ou pequeno, com muito pêlo ou pouco pêlo, só sabia de uma coisa, que eu à amava.

O nome Laika foi a afilhada do meu marido e um amiguinho dela que estava conosco que escolheram e eu gostei.

Muitas pessoas dizem que os animais são irracionais, que não tem sentimento mais eu discordo plenamente: no dia 16 de fevereiro minha mãe começou a fazer quimeoterapia devido ao problema de saude que ela tinha, como eu ficava o dia inteiro cuidando da minha mãe, varias e varias vezes cheguei na casa dela e encontrei ela chorando devido as reações da quimeoterapia e a Laika sentia que ela estava triste e ela ainda um fihote pulava na minha mãe, ela queria mostrar para minha mãe que ela estava lá, então minha mãe acabava brincando com a Laika e se distraia, esquecia dos problemas que tinha, por isso eu digo e confirmo a Laika foi muito importante para o tratamento da minha mãe.


       Como eu não sabia nada sobre a raça Pequinês começei a pesquisar na internet sobre a raça, e um dia eu pesquisando sobre a pelagem do Pequinês, encontrei o blog Pequinês Curitibano, de cara me encantei com o Dodi e Ramon,e todos os dias eu entrava no blog para ler as postagens e foi numa quarta feira a noite quando entrei no blog Pequinês Curitibano que dei de cara com esta foto



Mas uma vez o amor a primeira vista tocou meu coração, seria o meu segundo Pequinês, decidi comprar uma companhia para Laika, seria bom para ela


        O nome Saymon umas 2 semanas antes de eu conhecer o blog, acordei um dia com aquele nome na cabeça, quando eu vi aqueles filhotes para vender, já sabia que o nome dele seria Saymon.

No dia 07 de maio fomos buscar o Saymon em Balneario Camboriu, a Evelize trouxe ele para nós até Balneario Camboriu, no trageto de volta a Laika veio sem olhar para minha cara, ela não queria o Saymon, ela deixou bem claro para mim: ESTOU DE MAL COM VOCÊ, mas eu sabia que ela estava com ciumes, que logo ela iria entender que o Saymon veio para somar e não para dividir.Paramos em Navegantes para comprar uma caminha para o Saymon, mas o Saymon pouco dormiu na cama dele, porque adivinhe quem pulava na cama do Saymon: A Laika, então ficava assim a Laika dormia na cama azul e o Saymon na cama rosa


  A Laika ela tem uns probleminhas de saude, não pode tomar nenhum tipo de antibiotico, já perdeu a mucosa do estomago, já ficou internada, os veterinarios acham que ela foi um filhote excluido.


 Eu até brinco que o que a Laika mamou de menos o Saymon mamou tudo e um pouco mais, ele é muito saudavel, adora fazer uma bagunça.



     Enquanto a Laika na hora de comer demora, cheira a ração, faz manha até que eu dou a ração na mão para ela comer, o Saymon parece que vai ser a ultima vez que vai comer, em segundos ele come tudo e ainda fica me olhando com aqueles olhos de QUERO MAIS.
O Saymon é muito esperto, as vezes quando compro petiscos e dou para eles, e guardo o que sobrou na minha bolsa, Saymon fica ao lado da minha bolsa cuidando dos petiscos, quer dizer fica rodeando tentando pega-los sem eu ver.


      O Saymon é mais calmo,não briga apenas se defende, adora comer um cocô, quando faz algo errado que chamamos a sua atenção, logo ele vem atrás pedindo desculpa (o pedido de desculpa dele é lamber). já a Laika é mais manhosa, quando quer ser amorosa ela é, mas quando quer ser teimosa (sai de baixo),se acha grande, adora puxar briga com o pastor alemão do vizinho, adora fazer barulho, mas na hora do vamos ver, recua.


 Aprendi muito com o Saymon e a Laika, eles me ensinaram a amar mais os animais, o quanto eles são importantes, que eles também sabem dar amor, por causa deles conheci muitas pessoas super legais e especiais, foi por eles que compramos um GPS para encontrar o Parcão em Curitiba(rsrs) que passamos finais de semana na praia para eles passear.



       Sem duvida eles troxeram muita alegria para mim e para minha familia, as vezes as pessoas me perguntam: VOCÊ TEM FILHOS.Eu respondo: NÃO, TENHO 2 cachorros.

Eles fazem parte da minha familia, fazem parte da minha vida, eles sabem o quanto amo eles e eu também sei o quanto eles me amam.

Como sendo a mais nova integrante do Pequinês Social Club agradeço de coração à todos, pois fomos muito bem recebidos, todos são pessoas super especiais.

Muito Obrigado


quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Nós do Social Club - Viviane

Olá pessoal

Da mesma forma como o Mauricio e alguns membros do Pequinês Social Club abriram seu coração, nos fazendo rir e se emocionar, também acho que posso contribuir um pouquinho.
Gostei da idéia de cada um falar sobre sua vida com os pequineses. É também é uma
forma de conhecer um pouco mais cada pessoa e deixar-se conhecer.

Quando eu era criança minha família tinha pequineses.
Lembro que no início dos anos oitenta não havia muitos cuidados com a saúde e a
higiene dos nossos peludos: não eram vacinados, desvermifugados, comiam restos de
comida, não eram escovados, tinham pulgas e na maioria das vezes cruzavam com
parentesco.
Quando ouviam falar que o olho do pequinês saltava pra fora o motivo era “nervoso”.
Esse conceito errado e o comportamento inadequado não eram por maldade. Era
ignorância aliada à falta de recursos da época.

Depois de um surto de parvovirose sobrou apenas um, o Sansão.
O Sansão mordia qualquer um que chegasse perto de mim. Ele mordeu minha vó,
minha sogra, amigas, namorado, pai, mãe e irmão. Não sei por que razão. Era alguém
se aproximar e ele NHAC. Sem latir. Sem barulho. Depois ele se escondia atrás das
minhas pernas pedindo proteção. O Sansão morreu em 1998.

Passaram-se mais de dez anos e eu nunca mais vi e nem ouvi falar de pequinês.

Um dia fomos numa feira de inverno. Chegando lá também havia feira de filhotes, meu lugar favorito. Quando vi pequineses fiquei LOUCA.
Olhei aquele ser caramelo e tive a sensação de que o Sansão havia reencarnado, eram
parecidíssimos.

Saí de lá sem comprar roupa nenhuma e com o Simba embaixo do braço, felicíssima!

O Simba é um docinho. È meigo, brincalhão, amoroso e raramente briga. Tem uma pelagem linda e um andar bamboleante. Parece um pavão de metido. Adora ficar na frente de casa se exibindo e olhando o movimento. É mijão, benze tudo.

Vale lembrar que antes do Simba chegar eu tinha a Lila, minha vira lata de 7 anos.
Minha primogênita, linda, querida e muito esperta. Sei identificar cada latido, cada som
dela.

Não contente com apenas um pequinês adquiri a Dóris.

Dei o nome de Dóris por causa da carinha. Ela tinha cara de sofrida, de dó. Sempre foi muito lacrimosa, chorona e dengosa. Fica em pé como um kanguru e tem um rebolado
maravilhoso.

Quando a Dóris engravidou do Simba, eu não sabia. Não vi o cio, não vi eles cruzarem,
nem ao menos ele tentar. Ela tinha “cio seco”, mas na época eu não sabia.
Reparei que ela estava gorda, mas achei que era por causa das guloseimas.

Como a Lila sentia muito ciúme eu a deixava a maior parte do tempo dentro de casa, e tudo o que eu comia ou preparava dividia com ela.

Numa madrugada escutei a Dóris gritar. Pulei da cama. Notei que ela estava sofrendo, com dor, achei que ela estava ressecada por causa de um pedaço de pizza que eu tinha dado. Levei-a até a grama e de pezinho massageei sua barriga.
Estava morrendo de remorso e prometendo a mim mesma que não iria dar mais nada além de ração.

Ela gritou e saiu uma coisa estranha, cheguei a pensar que eram hemorróidas. Meu
coração pulou. Depois vim a descobrir que era a placenta. Ela lambeu, comeu e de
repente surgiu um filhote. Quase cai de costas!

Eram quatro horas da manhã e eu estava lá, na lavanderia, até ela parir três filhotes.
Entre choros, ruídos e muito sangue, arrumei um ninho seguro pra ela poder cuidar dos
seus bebes. Fiquei com medo de que a Lila pudesse estressá-la, pois ambas estavam
muito inquietas.

Passou um dia e dois filhotes morreram, só restava uma, que também estava fraca e não conseguia mamar. Para ajudar, a cada hora dava 1m ml de leite de recém nascido.
Assim foi durante alguns dias, até que ela ficou forte e acabou conseguindo mamar sozinha.


Como ela era miudinha, eu a chamava de pitiquinha e acabou ficando Pitty. Ela é linda, a princesinha da casa. Adora tomar sol de barriguinha pra cima. Adora fruta. É encrenqueira e sem noção. Não pode ver uma plantinha nascendo que vai lá destruir. Se alguém esta com um brinquedo ela quer tomar. Quer sempre o pote de comida do outro.
É bagunceira e late à toa.


Por causa do cio seco da Dóris eles cruzaram no cio seguinte. Depois dessa só me restava castrar o Simba.

Então veio mais um. Confesso que cheguei a pensar em vender ou dar. Mas sempre quando alguém me pedia um filhote, vinha na mente o que aconteceu nas décadas passadas: a posse irresponsável, a mestiçagem e a desvalorização da raça.

A raspinha do tacho sempre se mostrou auto-suficiente. Era o oposto da Pitty. Sempre foi forte, obediente e esperto. Acabou virando meu Xodó.
O Xodó é a cara da Dóris. Ronca como ela. É guloso.

 Já quiseram comprar a Pitty, mas não nasci pra ser criadora. São meus filhos, todos especiais, cada um com sua personalidade.
Como disse o Mauricio certa vez num post do blog “Tem coisas que não tem preço...
tem valor!”

Mesmo depois da castração, o Simba continua mijão e ainda cruza, sem fecundar é
claro. É um mineirinho.
O que importa é que com a castração dos machos agora tenho o controle da natalidade.
 Como são cinco, nem sempre os levo no pet shop, na maioria das vezes dou banho em
casa. Nesse dia minhas costas ficam curvas e minhas roupas cheias de pelos.
Na hora da escovação, um se coloca na frente do outro. É um momento especial, de
interação, cuidado e carinho.
 Antes de terminar quero citar o Edson Carlos Dias Barbara do Canil Damabiah.
Todos os que já pesquisaram sobre pequinês devem ter chegado a ele de alguma forma.
Até hoje não encontrei uma pessoa que entendesse tanto da raça quanto ele, sem falar no ser humano espetacular que ele é. Pena que só o conheci pelos olhos da alma.

Enfim, com meus cães e no colinho especial da mamãe Dóris, converso, dou risadas, brinco, choro e aprendo muito. Exercito a tolerância, o respeito e a humildade, e sinto que eles fazem de mim uma pessoa melhor.




                                                                            Carinhosamente,

                                                                                                     Viviane.